domingo, 28 de fevereiro de 2010

RELATÓRIO XIII - DÉCIMO TERCEIRO ENCONTRO


RELATÓRIO XIII – Décimo Terceiro Encontro

Assunto: TP1 LINGUAGEM E CULTURA
Rede Estadual: Unidade Regional de Educação de Açailândia/MA - UREA
Turma: únicaMunicípio: Açailândia – MAEncontro: 09/fevereiro/2010 - 8 horas de estudos
Formadora: Elaine Beatriz Rocha Queiroz Gomes

ATIVIDADES REALIZADAS


LEITURAS COMPARTILHADAS



Começamos o dia com bastante entusiasmo, considerando o feliz descanso das férias. Para retomar o fôlego compartilhamos o texto “A arte brasileira sacudida numa Semana”, da Revista Mundo Jovem – outubro/2009, pág.10, de Tânia Bian, que além de discutir o tema envolvendo a cultura e arte brasileira, traz sugestão de filme sobre o assunto, para ser trabalhado com alunos e outras atividades. Compartilhamos ainda o texto “Resista, um pouco mais” do Cform/UNB como incentivo para os que permaneceram até este momento final do curso.

Socializamos o “Painel com Criatividade” com os textos produzidos pelos cursistas considerando o planejamento, escolhas do tipo de texto, gênero, reescrita, edição,etc.


ESTUDO DO TP1 UNIDADE 3 E 4

Discutimos “O texto como centro das experiências no ensino da língua” de Maria Antonieta Antunes Cunha que destaca: que o ensino-aprendizagem apoiado no texto é atualmente quase um consenso nos estudos de linguagem, a ampliação da concepção sobre texto e como também se modificou significamente o entendimento sobre os elementos a se enfatizarem no trabalho com textos.





Trabalhamos a unidade 3 do TP1, focalizando os temas e objetivos de cada seção. Levantamos os conhecimentos prévios dos cursistas sobre o que é texto e o que é ler. Todos participaram enriquecendo esse momento inicial. O estudo em slides PowerPoint, apresentado em data show, foi concluído com prazer ficando claro que todas as nossas interações se processam por meio de textos; que independente da extensão, texto é toda e qualquer unidade de informação, no contexto da enunciação, que aparecem nas mais diversas linguagens, verbais e não verbais, oral ou escrito, literário ou não literário; e que ler é atribuir significados, então leitura é o processo de atribuição de significado a qualquer texto, em qualquer linguagem.
Através da atividade 3 pág. 101 , que discutimos o texto “Nas curvas do teu corpo capotei meu coração” frase de para-choque de caminhão (texto verbal) e da atividade 5 da pág. 103, que realizamos a leitura coletiva da fotografia de Sebastião Salgado,(texto não verbal) consolidamos a aprendizagem de novos conceitos sobre texto, as razões do estudo prioritário de textos no ensino-aprendizagem de línguas proposta nesta unidade do TP1. Ficou evidente na fala dos professores que o texto nos faz pensar, divertir, criar, enriquece nossas experiências de vida, nos leva a interagir com o outro, portanto ele o “ texto” deve ser o centro de todas as atividades que envolvem as habilidades básicas da língua: ouvir, falar, ler e escrever. Na atividade 8, o texto “É melhor um cachorro amigo do que um amigo cachorro” trabalhamos a metáfora e personificação observando que a posição das palavras é que determina, prioritariamente, a alteração de seu sentido.

Fotografia de Sebastião Salgado

Evidenciamos “que em função das quase infinitas situações de interação, os textos são também muito variados. Cada um deles é criado a partir das intenções e das condições de produção de seu autor. Essas condições abarcam não somente seu conhecimento, suas emoções, expectativas e aptidões, como todo o contexto em que produz determinado texto: o interlucutor, a relação entre e eles, o momento vivido” (pág.114 do TP1). Através da atividade 12 – pág.115 e 116, foi possível perceber a intenção da propaganda em influenciar o comportamento do interlocutor, o objetivo de leitura e importância dos conhecimentos prévios do leitor para a realização da leitura desse texto. Sublinhamos que o pacto de leitura é um contrato implícito entre locutor e interlocutor quanto à expectativa que cada um põe no texto: um, a partir dos recursos usados, do gênero, do suporte, informa sobre como pretende que seu texto seja lido; o outro, a partir de seus objetivos e de seus conhecimentos, imagina o que pode encontrar no texto escolhido.




Iniciamos nossos estudos com a leitura do texto “A intertextualidade”de Maria Antonieta Antunes Cunha retomando o conceito de intertextualidade como diálogo que cada texto faz com muitos outros, antigos ou contemporâneos, de forma que nenhum texto emerge, absolutamente original, nas nossas interações.

Realizamos várias oficinas como: a atividade 4 “A raposa e as uvas”Millôr Fernandes, pág. 138, a atividade 6 “O patinho realmente feio” de Jon Sciezka, pág. 141, a atividade 7 e a 8 identificando os traços da intertextualidade e entendendo os processos intertextuais que envolvem o texto inteiro: paráfrase, paródia, pastiche. Discutimos os processos intertextuais pontuais, que retomam um ou alguns elementos do texto: citação, epígrafe, referência e alusão. A fim de compreender “o ponto de vista” nas interações humanas, lemos o assunto na página 145 e 146 e realizamos a atividade 10 referente ao texto charge de Quino da pág. 147. É possível observar no texto como o autor mostra reações variadas, pontos de vista diferentes com relação a uma cena. Veja você também:

O ponto de vista é o lugar ou o ângulo de onde cada interlocutor participa do processo de interação. Ele não revela simplesmente as posições do locutor: pode ser usado para criar posições e emoções no interlocutor. Daí a importância de sua análise, quando estamos interpretando e avaliando as situações de comunicação. O trabalho com esses dois assuntos é fundamental, no sentido de tornar nossos olhos e ouvidos mais sensíveis e mais críticos com relação à própria vida.

Para finalizar o estudo deste TP, apresentamos vários outros textos inspirados na “Canção de exílio” de Gonçalves Dias e na tela “Mona Lisa” de Da Vinci. Alguns exemplos abaixo:


Fizemos a leitura de outros exemplos de intertextualidade como o poema “Meus oito anos” de Casimiro de Abreu, tela “o almoço na relva”, as várias (re)leituras da tela “Baco”de Caravaggio e outros.

Os professores amaram o TP1 pela forma eficiente como discute conceitos como variação linguística, texto, intertextualidade, gramática, etc., como apresenta/direciona o conteúdo para ser levado para os discentes em sala de aula. Principalmente gostaram de como as atividades estão bem elaboradas subsidiando cada educador na sua reflexão, ação, avaliação e consequentemente no propósito particular de mudanças na prática cotidiana da sala de aula.





Formadora: Elaine Beatriz Rocha Queiroz Gomes

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