terça-feira, 20 de outubro de 2009

RELATO DE TRABALHO DA CURSISTA CELIDÔNIA

PROGRAMA DE APRENDIZAGEM ESCOLAR – GESTAR II
LÍNGUA PORTUGUESA - R
ELATÓRIO

Assunto: TP5 – Coerência e Coesão Textual
CE Maria Izabel Rodrigues Cafeteira
Açailândia - MA
Turma: 2º C - Matutino Ensino Médio
Dia: 07/10/2009
Cursista: Celidonia Germano de Oliveira


A partir de uma frase da capa de uma edição especial da revista Veja (set/2009): “A vida no lugar em que quatro horas de TV custam duas tartarugas”. Começamos um pequeno debate que foi esclarecido com a apresentação completa da capa, onde se destacava a palavra “Amazônia”.

Relacionando os sentidos construídos pela linguagem verbal e não verbal, observando os efeitos de sentido do texto como um todo. Analisou-se cada parte e como ela se articula na unidade textual.

Chegando ao conceito de coerência e coesão textual, onde houve bastante indagações a esse respeito. Muitos queriam entender melhor coesão para tornarem seus textos coerentes.

Distribuí para duplas previamente formadas, cópias do texto “Furnas”.
Analisaram cada parte, debateram para depois fazer o resumo das observações.
Apresentaram com entusiasmo. Foi um trabalho que exigiu muito esforço dos alunos, mas conseguiram realizá-lo superando todas as expectativas.






RELATO DE TRABALHO PELO CURSISTA RIBAMAR "PROJETO CARTAS"

Programa de Gestão da Aprendizagem Escolar-GESTAR II
Disciplina: L. Portuguesa Formadora: Elaine Beatriz
Cursista: José Ribamar Santana da Cruz
Escola Estadual Lourenço Galletti.

Relatório da Aplicação da Aula.
Tema: Introdução do Projeto Cartas/filme: Narradores de Javé.

No dia 28 de setembro de 2009, foi aplicada a oficina sobre o filme Narradores de Javé, do curso de formação continuada GESTAR em Língua Portuguesa, nas turmas da 8ª séries “A,” “B” e “C” do Colégio Estadual Lourenço Antônio Gallette, na cidade de Açaiândia, no Estado do Maranhão. Tendo como foco as opiniões dos alunos em relação ao filme e suas verificações sobre os tipos e gêneros textuais vivenciados no filme. Onde aconteceu da seguinte forma:

Exibição do Filme/ Narradores de Javé;
A exibição do filme aconteceu no auditório do Colégio Estadual Lourenço Galletti, reuniram-se várias turmas da escola para assistir o filme, acompanhados de alguns professores, o mesmo foi exibido no telão.
Sinopse do Filme/Narradores de Javé.

O filme relata a história do povoado de Javé, que será submersa pelas águas de uma represa. E a única chance da
cidade não sucumbir, é se possuir um patrimônio histórico de valor científico. Os moradores de Javé se reunem e apontam as histórias que o povo conta como o único patimônio do povoado. Assim, decidem escrever um livro sobre as grandes histórias do Vale do Javé, mas poucos da cidade sabe ler e escrever. O mais esclarecido é o carteiro Antônio Bia, que se torna o resposável por reunir as histórias sobre a origem de Javé. A memória oral do povoado é ilustrada com muito humor e com ares bem nordestino.
http://imeviolao.googlepages.com/filme_narradores_jave.html

Interagindo com o Filme:
Neste item, fizemos algumas perguntas oralmente sobre o filme para os educandos e, eles respondiam também oralmente, dentre esses questionamentos, estavam os aspectos culturais explícitos no filme, qual era a idéia principal do autor, o que filme retratava. Em seguida quais eram os aspectos linguísticos do filme, tipos e gêneros textuais visíveis que aparecem no mesmo.

Professor José Ribamar/ Oficina do Projeto Cartas
Painel de Opiniões.

Na segunda etapa, os alunos reuniram-se em grupos, onde cada um escreveu num papel o que acharam de mais interessantes no filme, em seguida, escolheram a ideia mais viável para expor no painel de opiniões. Sendo que essas opiniões seriam utilizadas posteriormente na roda de conversa em sala de aula para a socialização das idéias.

Alunos da 8ª série A/escrevendo suas opiniões sobre o filme
Painel de Opiniões sobre o Filme/Narradores de Javé

Aluno da 8ª A/escolha opinião dos grupos para a Roda de Conversa.

Aluna da 8ª A/ escolha de opinião dos grupos para a Roda de Conversa

Roda de Conversa
Na Roda de conversa, os alunos tiveram a oportunidade de trocar suas ideias e questionamentos em relação ao filme que assistiram. Concordando ou não com as opiniões dos demais, assim fazendo suas colocações. Foi um discurso muito agradável, onde houve interação e participação de todos, os alunos expuseram suas idéias com clareza e objetividade.

Professor José Ribamar Direcionando a Roda de Conversa

Socialização da Roda de Conversa com os alunos
Produto Final da Oficina/ Produção textual- elaboração de uma carta pessoal.
No Produto final da oficina, nós fizemos um sorteio entre os alunos, onde, o aluno que tirasse o nome do seu colega de turma teria que escrever uma carta pessoal para ele, contando sobre o filme que assistiu. Isso sem ensinarmos a estrutura de uma carta pessoal, isto para fazermos um lavamento prévio da turma, buscando saber se eles, os alunos, fato já sabia escrever uma carta pessoal. Em seguida, nós lemos a carta que cada um escreveu, fazendo as anotações necessárias para trabalharmos logo em seguida a estrutura de uma carta pessoal, diante da atividade de elaboração da correspondência, foi confeccionada uma caixa correio, e a eleição de um carteiro da sala, para que esse fosse o carteiro das correspondências que os alunos escreveram.

Cartas escritas pelos alunos da 8ª A

Cartas escritas pelos alunos da 8ª A

Professor José Ribamar segurando a caixa Correio do amor e da amizade.

Caixa: Correio do Amor e da Amizade.

Alunos da 8ª A com a caixa: Correio do Amor e da Amizade.
Diante do exposto no Relatório, obtivemos vários pontos positivos, a cada oficina que aplicamos, os alunos amadurem ainda mais. Eles participam mais, são mais dinâmicos e criativos, sem falar na interação que acontece entre os mesmos. Os poucos pontos negativos que existem, são superados pelos positivos. Estamos nos preparando para a conclusão desse Projeto tão importante.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

RELATÓRIO VIII - OITAVO ENCONTRO - TP5

LEIA O RELATÓRIO ABAIXO















DEPARTAMENTO PEDAGÓGICO
PROGRAMA DA APRENDIZAGEM ESCOLAR - GESTAR II -
LÍNGUA PORTUGUESA



RELATÓRIO VIII – Oitavo Encontro

Assunto: TP5 ESTILO, COERÊNCIA E COESÃO
Rede Estadual: Unidade Regional de Educação de Açailândia/MA - UREA
Turma: única
Município: Açailândia – MA
Encontro: 03/10/2009 8 horas de estudos
Formadora: Elaine Beatriz Rocha Queiroz Gomes



LEITURA COMPARTILHADA


1- “O gigolô das palavras” – Luís Fernando Veríssimo.
2- Relatório do professor cursista Hezequias.


Temos enfatizado para os cursistas que a leitura compartilhada é proposta para o início dos nossos trabalhos, ela é feita por mim, formadora. Esta mesma proposta pode ser levada para sala de aula e consiste em ler diferentes gêneros, de preferência literários, com finalidades diferenciadas, como: divertir, refletir, emocionar, aprender mais, contribuir para a ampliação cultural e até mesmo para o prazer de compartilhar uma história de qualidade com nossos educandos. É imprescindível identificar que ler e também ouvir bons textos, não tem idade.

Ficou claro que é bom dizer aos alunos porque o texto foi selecionado, comentar o assunto antes da leitura, perguntar e falar sobre o autor, ler com clareza, entusiasmo, pois isto viabiliza o envolvimento com a leitura. A leitura em voz alta precisa de preparação, leitura prévia e conhecimento detalhado do texto a ser lido. O ritmo, o tom de voz, a pronúncia das palavras, tudo isso é válido ser preparado com antecedência.


No texto “O Gigolô das palavras” percebemos que o autor reconhece a necessidade e a importância da gramática normativa, da norma culta, mas ela, não pode ser a determinante para representar a "língua", na sua totalidade. A língua é viva e desenvolve conforme os grupos sociais que fazem parte “das sociedades”. Ela não deve se prender a normas, pois não existe um modo certo ou errado de falar, o que existe são variações linguísticas que devem ser consideradas.
Em seguida o professor cursista Hezequias leu seu relatório, quando todos nós presentes, fizemos uma boa e breve revisão do encontro anterior.


RETOMADA TP5

- Mais uma vez socializamos as ações em classe sobre a aplicação do projeto cartas, considerando o curto espaço de tempo deste encontro e o anterior, não tivemos novas informações.
- Os cursitas apresentaram o resultado da Oficina 9 da Unidade 18, da pág. 253 a 255, do TP 5,realizada presencialmente no estudo anterior. O resultado foi muito bom:



















Comentaram de modo geral, a beleza da imagem,(página 255 do TP 5) a coerência da mesma levando em consideração a intencionalidade do texto e o gênero publicitário, pois usa as cores da bandeira, no texto verbal e também no texto não verbal, vinculando os investimentos da empresa a educação, tecnologias, soja, preservação ambiental, trabalha a emoção do leitor. Muito criativo o texto, porém incoerente em relação ao impacto da construção da hidrelétrica no ambiente, na região e comunidade, não mostra o “preço do progresso” e a relação entre benefícios e prejuízos ambientais e sociais.

Ainda comparam a análise do texto, a história do filme Narradores de Javé, a construção da rodovia Belém-Brasília e o asfalto em terras vicinais nesta região, onde as plantações de arroz dos pequenos agricultores foram substituídas pelas grandes fazendas de eucaliptos.

TP 5 - UNIDADE 19 COESÃO TEXTUAL e UNIDADE 20 RELAÇÕES LÓGICAS NO TEXTO


Realizamos o estudo coletivo de toda a unidade 19, através de slides em ppt., sobre a Coesão textual: as marcas da coesão, identificando elementos linguísticos responsáveis pela continuidade de sentidos em um texto; conceitos; coesão por justaposição; análise da falta de indicadores que conduzam o sentido do texto. Discutimos a atividade 1 “O tempo em Brasília”, da página 120, que nos leva a fazer uma leitura não linear, a importância das pistas visuais e pistas linguísticas para a compreensão ou interpretação do texto.
Destacamos que ao produzir um texto, não damos apenas informações, mas orientamos também sobre como essas informações devem ser organizadas no mundo textual que o interlocutor recria na sua compreensão.

Lemos e comentamos a atividade 3 “Governo do Amazonas anuncia criação de novas áreas de preservação”. Através dessa atividade ressaltamos o uso das expressões que retomam idéias e informações anteriores no texto, “a costura da textualidade” - a coesão textual. Por intermédio do texto “A pesca”, página 128 e o “O show”, pág. 129, debatemos o tema coesão por justaposição, esclarecendo que a coerência é um fator necessário à textualidade, mas a coesão não. Diferenciamos a coesão referencial da coesão sequencial, nomenclaturas novas para a maioria do nosso grupo de estudos. Aperfeiçoamos essas concepções através de análises de mecanismos de coesão referencial e sequencial nas atividades 8 da pág. 138 e atividade 12 da pág. 150 – no texto: Novo-cão.

Os professores realizaram em trios o Avançando na prática da página 130, utilizando os textos sugeridos no TP 5, Texto 1 “Combate ao tráfico de animais silvestres e o Texto 2 “em questão”, páginas 131 e 132, com a finalidade de explorar os elos de coesão ao tecer o texto. Nas apresentações dos grupos, perceberam e apontaram os mecanismos de coesão, como por exemplo: a retomada de substantivos por pronomes, substantivos e advérbios, reconheceram idéias expressas de diferentes maneiras.




















Tanto a coesão sequencial, como a referencial, também objeto desse estudo, mantêm estreitos laços de solidariedade com a coerência na construção da tessitura textual; por isso, a situação sócio-comunicativa e a contextualização não podem ser desconsideradas nestes fenômenos linguísticos.

Este estudo foi excepcional, revisando conteúdos tão importantes para a construção do texto como ampliando os conhecimentos de todo o grupo.
Posteriormente, cada cursista recebeu uma cópia xerox de dois modelos de “Mapas textuais”, socializamos e tiramos as dúvidas, com a finalidade de favorecer o desenvolvimento de procedimentos de estudo de textos expositivos e orientar a elaboração de registros de forma organizada. Orientamos que ler para estudar requer a ativação de conhecimentos já existentes sobre o assunto, o levantamento de hipóteses e procedimentos específicos, como: destacar e sintetizar as informações mais relevantes, sublinhar idéias chave, fazer esquemas e outros.

Encaminhamos a produção do mapa textual da unidade 20, por seção, em pequenos grupos – dupla ou trio. A proposta é realizar um estudo da unidade e que os professores socializem seus procedimentos de estudo, para que todos possam conhecê-los. A leitura dos mapas permitirá que as informações neles contidas contribuam para a aprendizagem coletiva. Nem todos os grupos conseguiram terminar esta atividade, estaremos socializando no próximo encontro dia 17/10/2009.


TRABALHO PESSOAL


1- Lição de casa 2, página 249, Avançando na prática/ da Unidade 18 ou 19 do TP5. “A atribuição da coerência e os mecanismos de coesão.”
2- Aplicação da Oficina 10, Unidade 20 da página 257 do TP 5.

VISITEM NOSSO BLOG: IDEIAS LETRADAS
http://gestar-ideias.blogspot.com


Formadora Elaine Beatriz Rocha Queiroz Gomes
Açailândia - Maranhào

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

PARABÉNS PROFESSOR

QUERIDO/A COLEGA PROFESSOR/A!!!!

PARABÉNS PELO DIA 15/10;

PARABÉNS PELAS 800 HORAS E 200 DIAS LETIVOS MÍNIMOS EM SALA DEAULA, FAZENDO A EDUCAÇÃO ACONTECER;

PARABÉNS PELOS 365 DIAS DO ANO QUE VOCÊ NÃO DEIXA DE SER EDUCADOR.

ELAINE BEATRIZ

terça-feira, 13 de outubro de 2009

VÍDEO LETRAMENTO E DIVERSIDADE TEXTUAL TV ESCOLA




PRODUZINDO OFICINA 9 DA UNIDADE 18 DO TP5







RELATÓRIO VII TP5


DEPARTAMENTO PEDAGÓGICO
PROGRAMA DA APRENDIZAGEM ESCOLAR - GESTAR II -
LÍNGUA PORTUGUESA


RELATÓRIO VII – Sétimo Encontro

Assunto: TP5 ESTILO, COERÊNCIA E COESÃO
Rede Estadual: Unidade Regional de Educação de Açailândia/MA - UREA
Turma: única
Município: Açailândia – MA
Encontro: 30/09/2009 8 horas de estudos
Formadora: Elaine Beatriz Rocha Queiroz Gomes


Conforme nosso cronograma, este encontro estava marcado para o dia 25/09. Foi prorrogado para 30/09 devido a Conferência Intermunicipal/Regional de Educação que é uma organização prévia para acontecer a COMAE e em seguida a CONAE, Conferência Maranhense de Educação e Conferência Nacional de Educação. Muitos de nossos cursistas participaram do citado evento que aconteceu em Açailândia nos dias 24 e 25 de setembro. Inclusive trabalhei como mediadora no Eixo V – Formação e Valorização dos Profissionais da Educação.


LEITURA COMPARTILHADA

1-“Clarice”- Luís Fernando Veríssimo, pág.147 – Mais Comédias para Ler na Escola. Ed. Objetiva, 2008.
Na oportunidade mostrei os dois livros de L.F. Veríssimo “Comédias para Ler na Escola” (capa laranja) e “Mais Comédias para Ler na Escola” (capa verde). Eu tenho trabalhado com alunos do Ensino Médio, e eles têm gostado muito dos textos desse autor.

2- Leitura do Relatório da professora Natércia, relacionado ao sexto encontro. Mais uma vez fazendo a retrospectiva do encontro anterior através do texto. Esta ação tem sido muito importante, a cada encontro observo que o teor do registro reflexivo dos textos dos meus colegas professores cursistas tem melhorado.


RETOMADA

SOCIALIZAÇÃO DO TRABALHO PESSOAL .

Neste item, vários professores se posicionaram em relação as oficinas, projeto cartas, lição de casa, avançando na prática. Fizeram depoimentos em relação aos trabalhos pessoais praticados em sala de aula, o que oportunizou novas informações em relação a troca de experiências e sugestões.

1.1 SOBRE A OFICINA TP3 (pág. 124 e 125) e PROJETO CARTAS

“Explorei a imagem, o profissional, as vestes, a cidade... fazendo perguntas antes de pedir aos alunos para fazerem o parágrafo usando a descrição e o outro usando a narração. Foi um bom trabalho, tive dificuldade em preparar intervenções para subsidiar a definição pelos alunos sobre quem era o profissional da imagem.” (Sobre a oficina do TP3). “Já trabalhei a estrutura da carta. Vocativo, local, data, texto, assinatura... Pedi aos alunos para trazerem diferentes tipos de cartas, fizemos um varal onde observaram as diferenças e semelhanças entre elas. As cartas para autoridades e carta comercial causaram muita polêmica devido o uso dos pronomes de tratamento. (Sobre o projeto Cartas) Professora Dhaiany.

Para a oficina de redação usei cópias xerox da imagem dos trabalhadores e o próprio TP3 para os alunos visualizarem as cores. Eles ficaram curiosos pela aula diferente, descreveram oralmente os homens vestidos de macacão (bombeiros, trabalhadores, operários, eletricistas?), o ambiente, local, etc. No segundo momento escreveram individualmente um parágrafo descritivo e outro narrativo. Houve várias possibilidades de interpretação, foi um exercício crítico e de cidadania. Meus alunos da 8ª série são considerados “difíceis”, turma problema da escola, por vários fatores sociais que afetam suas vidas. Até posaram para fotos. As aulas diferenciadas, oficinas, avançando na prática, leituras, do Gestar tem proporcionado uma mudança de comportamento e participação dos alunos. Professora Roseny.

“Na minha turma da 8ª série, tive oportunidade de tirar dúvidas sobe a descrição e narração antes de solicitar a terceira parte da oficina que era a escrita, juntando os parágrafos para fazerem a dissertação. A produção escrita foi individual e proveitosa pela retrospectiva e inserção da descrição e narração.” Professora Josenilda.

“Levei para sala, figuras retiradas de várias revistas. Em duplas os alunos exploraram a imagem, fazendo uma análise descritiva e narrativa breve, apresentando para toda a turma. Após esse momento solicitei a produção do texto envolvendo descrição, narração e dissertação conforme orientação da oficina. Os textos superaram minha expectativa. Trabalhei no 2º ano B matutino”. Profa. Celidônia.

“O resultado do trabalho, na 7ª série foi Muito Bom!!!. A utilização da imagem e a leitura da imagem antes da produção escrita, foram ações motivadoras para os alunos”Professor Assis.

“A partir do mergulho na leitura oral da imagem, os alunos foram criando novos significados, em seguida escreveram os textos com mais detalhes.”Profa. Dernete.

“ Nas três sétimas séries, trabalhei o filme Narradores de Javé, discutimos o tema a importância da leitura e escrita em nossa sociedade letrada, fizemos o levantamento dos gêneros que aparecem no decorrer do filme, montamos um painel de exposição das opiniões dos alunos sobre esta obra do cinema nacional. Em seguida fiz o sorteio entre os componentes da turma, de forma que cada um ia escrever como também receber uma carta falando sobre o assunto, destacando o tema discutido. Foi um trabalho muito prazeroso, interessante, onde todos participaram e aprenderam, além do cuidado na produção escrita da carta, considerando que tinha um destinatário para ela.” Profa. Rúbia.

1.2 SOBRE AS OFICINAS DO AAA4

No encontro anterior 19/09/2009 foi proposto também, como trabalho pessoal, a escolha de uma das cinco oficinas do AAA4, trabalhadas presencialmente ou outra a escolha do cursista.
A maioria escolheu as mesmas oficinas que já havíamos trabalhado presencialmente, como: Imagens do dia-a-dia e Texto enigmático, Situações de leitura, Uma estória curiosa e Inventando estórias, A Construção de significados e Texto dentro de outros textos. Apesar das dificuldades para tirarem xerox do material, e trabalharem em grupos para economizar, os relatos dos professores foram extremamente positivos, pois os alunos de escolas e de municípios diferentes, segundo seus professores, têm recebido essas aulas com entusiasmo, desenvolvendo a oralidade se posicionando, argumentando, participando, interessados em resolverem os problemas propostos, discutindo e produzindo textos com mais facilidades. Até os tímidos estão gostando das aulas diferenciadas e sobressaindo. A oficina mais escolhida pelos professores a que propõe a escrita de um novo “circuito fechado”, onde os alunos falaram sobre cenas de viagem, percurso de para escola, atividades em computadores, o cotidiano dos pais, etc., como também gostaram de discutir o excesso do ato de fumar do personagem do texto modelo, consequências, doenças advindas do fumo, percepção do texto construído com muitos substantivos, adjetivos e conectivos apenas.
Não poderia deixar de destacar nesse momento de socialização a fala da professora Josenilda “Trabalhei também o texto Admirável mundo louco de Ruth Rocha,(pág.118 a 120) um verdadeiro mergulho no texto, meus alunos gostaram de tudo, e a professora gostou mais do que os alunos.”


EXIBIÇÃO DO VÍDEO: “LETRAMENTO E DIVERSIDADE TEXTUAL”

Este vídeo/Disco 34 da TV Escola SED/MEC, discute a importância do ensino da língua escrita. A viabilidade de levar o aluno a dominar capacidades de leitura e de produção de textos de diferentes gêneros, que circulam em nossa sociedade, e que fazem parte do dia a dia dessa nossa sociedade letrada. É o domínio dessas capacidades e seu uso efetivo em práticas sociais que caracterizam o letramento.
A partir de intervenções planejadas, o grupo de professores foi levado a pensar e debater sobre: a produção de texto carta; a importância do conhecimento prévio das crianças sobre o assunto minhoca e só posteriormente escrever sobre o tema; a diversidade de texto: o texto da escola e o texto do mundo; a defesa da idéia do contato dos alunos menores, 5ª série por exemplo, com o texto científico; que ler e estudar são ações vinculadas; pensar textos diversificados para trabalhar com alunos que “fracassam” na escrita e leitura, apesar de já estarem na segunda fase do ensino fundamental; da necessidade da escola ter um responsável pela biblioteca para funcionar adequadamente; a necessidade do professor proporcionar leituras de textos verbais e não verbais: telas, pinturas, gravuras, tiras, etc.; o papel do professor enquanto leitor e autor ou co-autor de textos. Finalizamos com a reflexão e muitos posicionamentos referentes ao questionamento – “Você se considera um professor letrado?””É coerente, ser professor, ensinar ler e escrever e não gostar nem de ler nem de escrever? “.






ESTUDO - TP5

Introduzimos o TP5 fazendo um estudo coletivo através de slides em PowerPoint de toda a Unidade 17 Estilística e a Unidade 18 Coerência Textual.
Discutimos bastante a concepção do termo estilo, temas e objetivo de cada seção e cada unidade. Analisamos os texto “Cada um é cada um”- José Roberto Torero, “Trem de ferro” – de Manuel Bandeira e “Berimbau” – M. Bandeira, comentando as atividades oralmente; o estilo de narrar de cada um oralmente ou por escrito; destacando os recursos estilísticos expressos ligados ao som e a palavra; os tipos de discurso: direto, indireto e indireto livre e outros aspectos.
Estudamos ainda a coerência nos textos verbais e não verbais, como se constrói a coerência no texto. Resolvemos as atividades referentes: a tela do gato “Obra de Luis M. Fernandes, o diálogo da atividade 2 (pág. 74) , a tira – Cebolinha e Magali da atividade 11 (pág 91) e atividade 13 comparação de duas figuras. Tudo isso deixou claro que é pela coerência textual que se vê o texto, se faz a diferença em relação a um texto e um grupo de palavras reunidas que não diz nada. Que a contextualização de informações é importante,é através dela que é possível perceber como as informações podem ser interpretadas na construção da coerência.
Coletivamente, lemos todo o encaminhamento da Oficina 9 da Unidade 18, “FURNAS. UMA EMPRESA CADA VEZ MAIS VERDE, AMARELO, AZUL E BRANCO” com o objetivo de não ficar dúvidas para a execução da mesma. Este trabalho foi feito em grupos.
Encerramos o dia, cansados, mas felizes, pelos depoimentos, reflexões, produtividade do grupo, ações, comentários... Enfim pela percepção de que todos que estão presentes desejam fazer uma educação melhor do que a que temos e do que precisamos.

Em sala: Imagens dos professores preparando a oficina 9 da unidade 18 do TP 5.


Formadora Elaine Beatriz

MAIS BELAS ESTAMPAS - UNIDADES 14 E 15 TP4

G 3 - Evenilda, Rúbia e Dhaiany. “Conhecimentos prévios interferem na produção de significado do texto?


G 2 -Aline. “Os objetivos de leitura: expectativas e escolhas do texto”.




G1 - Natércia, Dernete e Socorro. “Onde está o significado do texto?”




BELAS ESTAMPAS - UNIDADES 14 E 15 DO TP 4

G 6 - Alecsandra, Roseny e Hezequias. “Quando queremos aprender”.


G 4 - Edileusa, Eulália e Clean. Mergulho no texto. “Por que e para que perguntar?”


G 5 - Celidônia, Assis e Doralice. “Como chegar à estrutura do texto?”



segunda-feira, 12 de outubro de 2009

RELATÓRIO VI TP4


DEPARTAMENTO PEDAGÓGICO
PROGRAMA DA APRENDIZAGEM ESCOLAR - GESTAR II -
LÍNGUA PORTUGUESA


RELATÓRIO VI – Sexto Encontro

Assunto: TP4 LEITURA E PROCESSOS DE ESCRITA
Rede Estadual: Unidade Regional de Educação de Açailândia/MA - UREA
Turma: única
Município: Açailândia – MA
Encontro: 19/09/2009 8 horas de estudos
Formadora: Elaine Beatriz Rocha Queiroz Gomes



RETOMADA



-Conforme o combinado inicial do curso, a professora Aline leu seu relatório alusivo ao encontro passado. Esta atividade sempre possibilita uma boa retrospectiva das discussões anteriores e ela escolheu a professora Natércia para ser a relatora deste dia 19.

-Os professores fizeram uma produção textual individual avaliando suas ações e aprendizagens no decorrer dos estudos, que foi recolhida por mim para leitura posterior.

-Discutiram como aspecto positivo o resultado da exibição de “Narradores de Javé” em sala de aula com seus alunos e a utilização do filme no Projeto Cartas. A professora Celidônia relatou o desenvolvimento do projeto “cartas” em sua escola e comentou sobre a sua escolha, o filme “O Carteiro e o Poeta”. A maioria já trabalhou a estrutura da carta, e tipos diversificados: de amor, comercial e outros.


LEITURA COMPARTILHADA



Para a leitura compartilhada desse dia, escolhi o texto “Caso de Secretária” de Carlos Drummond de Andrade, considerando que o trabalho desenvolvido através dele tem tudo a ver com o tema do TP4. Informei aos professores que vivenciariam algumas situações para subsidiar uma maior compreensão sobre os processos envolvidos na leitura. Iniciei a leitura em voz alta fazendo pausas, perguntando o que cada um poderia imaginar o que viria a seguir e falar a respeito de suas respectivas suposições.
Comentei que utilizamos as estratégias de leitura mesmo sem ter consciência disso e que a leitura dirigida do citado texto, tinha a finalidade de evidenciá-las. O cursista foi envolvido em cada pausa e intervenção, criando um clima de suspense. Os educadores explicitavam suas antecipações e inferências sendo levados a perceberem que utilizavam as estratégias durante a leitura. Perceberam ainda que ao lermos mobilizamos muitas de nossas expectativas a respeito de como o texto se organiza e que atribuímos significados ao que lemos, fazendo suposições e deduções, nem sempre apropriadas.
Em seguida, entreguei um texto sobre “Estratégias de Leitura” (concepção, estratégias de seleção, antecipação, inferência e verificação) do PCN em Ação de Alfabetização do MEC/2000, a fim de ampliarem os conhecimentos referentes ao assunto.




UTILIZANDO O TP 4



Inicialmente alertei os cursistas sobre os prazos para a realização das atividades à distância, principalmente na efeticação do projeto “cartas” e que teremos uma avaliação do curso, em novembro, em São Luis. Orientei, na prática, como fazer o comentário no blog e usar o e-mail coletivo (alguns tinham dúvidas como fazer). Os professores comentaram sobre o texto postado por mim no e-mail coletivo “Novos Letramentos: Desafios para a Educação”.

Trabalhamos as unidades 14 e 15 do TP4, dividas em 6 grupos. Cada grupo apresentou sua seção: objetivo, discutindo a idéia do conteúdo, a teoria vinculada à prática em sala de aula, utilizando o próprio TP4, cartaz, transparência e retroprojetor, realizando uma atividade oral com os colegas selecionada previamente pelo grupo.

“O primeiro grupo – U14 Seção 1 Onde está o significado do texto? - abordou questões sobre o processo inferencial; o segundo expôs o tema “Os objetivos de leitura: expectativas e escolhas de textos,” oportunidade em que objetivou mostrar a relação entre o significado da leitura e os diversos textos; o terceiro mostrou como os conhecimentos prévios interferem na produção de significado do texto; já o quarto – U15 comentou “Mergulho no texto”’ de Maria A. cunha, e trabalhou a Seção 1 Por que e para que perguntar, fez a leitura e atividade oral do texto “Admirável mundo louco” para mostrar como é importante, para a leitura dos alunos, a função das várias formas de perguntas; o quinto grupo trabalhou os procedimentos que levam à estrutura do texto; e o sexto mostrou como utilizar procedimentos adequados para que a leitura produza efeito na aprendizagem” Relato da professora cursista Natércia.

Na unidade 16, ”Produção textual – Crenças, teorias e fazeres” enfatizei que a leitura e escrita são aprendizagens procedimentais, o aluno vai aprender ler lendo e escrever escrevendo e que é função da escola planejar ações visando a participação de todos na prática da escrita conforme as funções sociais, para que todos da comunidade escolar tenham oportunidades de transformarem em pessoas participativas, criativas e críticas.
Além disso, é preciso exercitar a escrita, o seu desenvolvimento depende desta prática, a elaboração de sequências didáticas que priorizem a produção de significados que tornam a escrita comunicativa, como as várias sugestões do TP, por exemplo, outras sequências didáticas da revista Nova Escola comentadas pelo grupo.
Fechamos a tarde de estudos discutindo o estilo individual de cada um, na forma de escrever, ser, dizer, falar, se posicionar, vestir, etc., lendo os slides em PowerPoint “O frango atravessou a estrada” e também já antecipando um pouco o tema do próximo encontro.



TRABALHO PESSOAL


1- Realizar a Oficina Avançando na prática da página 124 e 125 do TP3, realizando o relatório conforme o encaminhamento, como se deu essa experiência:
(1) Como você planejou a atividade?
(2) Que dificuldades teóricas encontrou?
(3) Que dificuldades de aplicação encontrou?
(4) Que soluções encontrou para essas dificuldades?
(5) A que resultados positivos você e seus alunos chegaram?
(6) Como você avalia o alcance de seus objetivos?
(7) Você teve oportunidade de discutir essa prática com seus colegas ou com seu coordenador? Como vocês avaliaram os resultados?.

2- Dar continuidade ao projeto “Cartas”.

3- Aplicar uma das oficinas do AAA4 das realizadas e socializadas pelos cursistas no encontro anterior, ou uma outra do mesmo AAA4 a escolha do professor

4- Fazer a lição de casa 1 da página 209 do TP4: escolher um dos Avançando na prática relacionado a leitura e produção de textos, planejar, aplicar e analisar os produtos da intervenção.

5- Fazer a lição de casa 2 da página 211 do TP4: escolher ou o texto Camping da pág. 132 da U15 0u Avançando na prática da U16 pág. 194 e 195.

6- Focalizar os alunos e professor nas fotos adequadamente, organizar as carteiras, a sala, os trabalhos efetivados, enfim o ambiente de trabalho.

7- Ler os relatórios e demais postagens em “nosso” blog e participar fazendo comentários, encaminhando postagens.

Cada atividade (oficina, avançando na prática) propostas como trabalho pessoal, individual, foi lida coletivamente na sala e esclarecidas as dúvidas a fim de evitar dificuldades na aplicação em sala de aula.



AVALIAÇÃO



Esse grupo de cursistas tem realizado excelentes trabalhos tanto no momento presencial, quanto a distância. Muitos solicitaram um prazo maior para a execução das atividades devido às inúmeras atividades realizadas na escola, como: conselho de classe, concursos de redações, projeto do combate a exploração sexual e outros.
Eles não têm dificuldades com os conteúdos e estão interessados em aprender cada vez mais e compartilhar suas experiências e conhecimentos.


APRESENTAÇÃO DAS ATIVIDADES PELO GRUPO OU REPRESENTANTE DO GRUPO




G1 - Natércia, Dernete e Socorro. “Onde está o significado do texto?”


G 2 -Aline. “Os objetivos de leitura: expectativas e escolhas do texto”.




G 3 - Evenilda, Rúbia e Dhaiany. “Conhecimentos prévios interferem na produção de significado do texto?


G 4 - Edileusa, Eulália e Clean. Mergulho no texto. “Por que e para que perguntar?”







G 5 - Celidônia, Assis e Doralice. “Como chegar à estrutura do texto?”





G 6 - Alecsandra, Roseny e Hezequias. “Quando queremos aprender”.

Formadora: Elaine Beatriz Rocha Queiroz Gomes




SÍNTESE CINEMA E PALESTRA

Síntese do momento cultural realizado pela turma do Gestar de Língua Portuguesa . Leitura Compartilhada;Palestra sobre os novos gêneros textuais e possibilidades de uso e Exibição do filme Narradores de Javé.

sábado, 3 de outubro de 2009

V ENCONTRO EM IMAGEM - PIPOCA E GUARANÁ

EXIBÇÃO DO FILME


COMENTÁRIOS REFERENTES AO FILME

PELA DIRETORA DE EDUCAÇÃO DA URE IVANETE CARVALHO

PELA PROFESSORA RUTE PEREIRA - COORDENADORA DA CASA DO PROFESSOR



V ENCONTRO EM IMAGEM PALESTRA

CURSISTAS PARTICIPANTES DA PALESTRA

PROFESSORA ÂNGELA NASCIMENTO PALESTRANDO

TEMA DA PALESTRA



V ENCONTRO EM IMAGEM

LEITURA COMPARTILHADA: FELICIDADE CLANDESTINA - CLARICE LISPECTOR

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

PALESTRA E CINEMA

ESTADO DO MARANHÃO
UNIDADE REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE AÇAILÂNDIA
DEPARTAMENTO PEDAGÓGICO
PROGRAMA DA APRENDIZAGEM ESCOLAR - GESTAR II - LÍNGUA PORTUGUESA


RELATÓRIO V – Quinto Encontro

Assunto: Palestra “Gêneros Textuais: Possibilidades de Atividades” e Exibição do filme: “Narradores de Javé” (TP3 e TP4)
Rede Estadual: Unidade Regional de Educação de Açailândia/MA - UREA
Turma: única
Município: Açailândia – MA
Encontro: 28/08/2009 4 horas de estudos


O encontro para o dia 05/09, conforme previsão do cronograma foi adiantado para o dia 28/08, devido a solicitação de alguns cursistas que iriam fazer seletivo para professor da UEMA – Universidade Estadual do Maranhão e uma maioria que estava com viagem marcada. Ficou acordado que este dia seria anteposto em 28/08 – 4 horas e reposto em outubro as outras 4 horas, quando estaremos socializando os portfólios das três turmas (1 da rede estadual e 2 da rede municipal) dentre outras atividades.
PROGRAMAÇÃO EFETIVADA NO DIA 28/08


LEITURA COMPARTILHADA: FELICIDADE CLANDESTINA - CLARICE LISPECTOR


A leitura do conto Felicidade Clandestina de Clarice Lispector, foi realizada pela formadora Elaine Beatriz, após várias informações sobre a citada autora e sua obra.
Os professores cursistas gostaram muito do texto. Não poderia ser diferente, Clarice fascina e emociona também nesse conto. A importância do ato de ler para e com os nossos alunos, a importância dos diferentes mundos revelados através da leitura e o prazer de ler foram temas de discussões no grupo.

Leitura pela formadora: Elaine Beatriz
Felicidade Clandestina - Clarice Lispector
Os melhores contos brasileiros do século, Seleção Ítalo Moriconi. Objetiva,2001 p.312 – 314.
Felicidade Clandestina


Ela era gorda, baixa, sardenta e de cabelos excessivamente crespos, meio arruivados. Tinha um busto enorme; enquanto nós todas ainda éramos achatadas. Como se não bastasse, enchia os dois bolsos da blusa, por cima do busto, com balas. Mas possuía o que qualquer criança devoradora de histórias gostaria de ter: um pai dono de livraria.

Pouco aproveitava. E nós menos ainda: até para aniversário, em vez de pelo menos um livrinho barato, ela nos entregava em mãos um cartão-postal da loja do pai. Ainda por cima era de paisagem do Recife mesmo, onde morávamos, com suas pontes mais do que vistas. Atrás escrevia com letra bordadíssima palavras como "data natalícia" e "saudade".

Mas que talento tinha para a crueldade. Ela toda era pura vingança, chupando balas com barulho. Como essa menina devia nos odiar, nós que éramos imperdoavelmente bonitinhas, esguias, altinhas, de cabelos livres. Comigo exerceu com calma ferocidade o seu sadismo. Na minha ânsia de ler, eu nem notava as humilhações a que ela me submetia: continuava a implorar-lhe emprestados os livros que ela não lia.

Até que veio para ela o magno dia de começar a exercer sobre mim uma tortura chinesa. Como casualmente, informou-me que possuía As reinações de Narizinho, de Monteiro Lobato.

Era um livro grosso, meu Deus, era um livro para se ficar vivendo com ele, comendo-o, dormindo-o. E completamente acima de minhas posses. Disse-me que eu passasse pela sua casa no dia seguinte e que ela o emprestaria.

Até o dia seguinte eu me transformei na própria esperança da alegria: eu não vivia, eu nadava devagar num mar suave, as ondas me levavam e me traziam.

No dia seguinte fui à sua casa, literalmente correndo. Ela não morava num sobrado como eu, e sim numa casa. Não me mandou entrar. Olhando bem para meus olhos, disse-me que havia emprestado o livro a outra menina, e que eu voltasse no dia seguinte para buscá-lo. Boquiaberta, saí devagar, mas em breve a esperança de novo me tomava toda e eu recomeçava na rua a andar pulando, que era o meu modo estranho de andar pelas ruas de Recife. Dessa vez nem caí: guiava-me a promessa do livro, o dia seguinte viria, os dias seguintes seriam mais tarde a minha vida inteira, o amor pelo mundo me esperava, andei pulando pelas ruas como sempre e não caí nenhuma vez.

Mas não ficou simplesmente nisso. O plano secreto da filha do dono de livraria era tranquilo e diabólico. No dia seguinte lá estava eu à porta de sua casa, com um sorriso e o coração batendo. Para ouvir a resposta calma: o livro ainda não estava em seu poder, que eu voltasse no dia seguinte. Mal sabia eu como mais tarde, no decorrer da vida, o drama do "dia seguinte" com ela ia se repetir com meu coração batendo.

E assim continuou. Quanto tempo? Não sei. Ela sabia que era tempo indefinido, enquanto o fel não escorresse todo de seu corpo grosso. Eu já começara a adivinhar que ela me escolhera para eu sofrer, às vezes adivinho. Mas, adivinhando mesmo, às vezes aceito: como se quem quer me fazer sofrer esteja precisando danadamente que eu sofra.

Quanto tempo? Eu ia diariamente à sua casa, sem faltar um dia sequer. Às vezes ela dizia: pois o livro esteve comigo ontem de tarde, mas você só veio de manhã, de modo que o emprestei a outra menina. E eu, que não era dada a olheiras, sentia as olheiras se cavando sob os meus olhos espantados.

Até que um dia, quando eu estava à porta de sua casa, ouvindo humilde e silenciosa a sua recusa, apareceu sua mãe. Ela devia estar estranhando a aparição muda e diária daquela menina à porta de sua casa. Pediu explicações a nós duas. Houve uma confusão silenciosa, entrecortada de palavras pouco elucidativas. A senhora achava cada vez mais estranho o fato de não estar entendendo. Até que essa mãe boa entendeu. Voltou-se para a filha e com enorme surpresa exclamou: mas este livro nunca saiu daqui de casa e você nem quis ler!

E o pior para essa mulher não era a descoberta do que acontecia. Devia ser a descoberta horrorizada da filha que tinha. Ela nos espiava em silêncio: a potência de perversidade de sua filha desconhecida e a menina loura em pé à porta, exausta, ao vento das ruas de Recife. Foi então que, finalmente se refazendo, disse firme e calma para a filha: você vai emprestar o livro agora mesmo. E para mim: "E você fica com o livro por quanto tempo quiser." Entendem? Valia mais do que me dar o livro: "pelo tempo que eu quisesse" é tudo o que uma pessoa, grande ou pequena, pode ter a ousadia de querer.

Como contar o que se seguiu? Eu estava estonteada, e assim recebi o livro na mão. Acho que eu não disse nada. Peguei o livro. Não, não saí pulando como sempre. Saí andando bem devagar. Sei que segurava o livro grosso com as duas mãos, comprimindo-o contra o peito. Quanto tempo levei até chegar em casa, também pouco importa. Meu peito estava quente, meu coração pensativo.

Chegando em casa, não comecei a ler. Fingia que não o tinha, só para depois ter o susto de o ter. Horas depois abri-o, li algumas linhas maravilhosas, fechei-o de novo, fui passear pela casa, adiei ainda mais indo comer pão com manteiga, fingi que não sabia onde guardara o livro, achava-o, abria-o por alguns instantes. Criava as mais falsas dificuldades para aquela coisa clandestina que era a felicidade. A felicidade sempre iria ser clandestina para mim. Parece que eu já pressentia. Como demorei! Eu vivia no ar… Havia orgulho e pudor em mim. Eu era uma rainha delicada.

Às vezes sentava-me na rede, balançando-me com o livro aberto no colo, sem tocá-lo, em êxtase puríssimo.

Não era mais uma menina com um livro: era uma mulher com o seu amante.
(foto)
Clarice Lispector
http://davidcorreiajunior.files.wordpress.com/2008/08clarice.jpg Em 26 set 2009.



PALESTRA: "GÊNEROS TEXTUAIS:POSSIBILIDADES DE ATIVIDADES "


Ângela Nascimento, professora coordenadora do Centro de Ensino Antônio Carlos Beckman, em Açailândia – MA, foi convidada para ministrar esta palestra, a fim de ampliar os conhecimentos dos professores cursistas em relação aos novos gêneros que surgem com as novas tecnologias da comunicação e informação.
Foram abordados as concepções de gêneros e tipos textuais; os fundamentos teóricos segundo os PCNs; como trabalhar gêneros textuais em sala de aula e dez sugestões práticas; duas propostas de trabalho realizadas pela palestrante como por exemplo: Argumentando a moral da história com o gênero fábula; os novos gêneros: e-mails, chats, salas de bate-papo, as listas de discussão, os weblogs (blog).
O trabalho envolveu a atenção de todos e proporcionou a interação e interatividade com o grupo, além de oportunizar o conhecimento de ações práticas com os gêneros já conhecidos e os novos gêneros digitais nem tão apropriadas por todos.

(foto)
Tema da palestra

(foto)
Professora Ângela Nascimento palestrando



SESSÃO PIPOCA E GUARANÁ
EXIBIÇÃO DO FILME NARRADORES DE JAVÉ


Assistimos ao filme com o “olhar” voltado para as questões da Leitura e Processos de Escrita, tema do TP4 do Gestar II de Língua Portuguesa.

Após a exibição, contamos com a participação das professoras de História Rute Pereira e de Língua Portuguesa Ivanete Carvalho que fizeram comentários enriquecedores alusivos ao mesmo.
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Cada professor recebeu um roteiro para análise de “Narradores de Javé” e sugestões com possibilidades para a elaboração de um plano de trabalho, a fim de ser aplicado com seus alunos.

Todo cursista presente foi envolvido pela irreverência do filme brasileiro, dirigido por Eliane Café. Com muito humor ele traz assuntos importantes e atuais que possibilitaram várias discussões, como:

- A importância da escrita para o registro da memória de um povo. Javé é uma comunidade essencialmente oral e a personagem Antônio Biá (José Dummont, carteiro da agência de correios) é quem sabe ler e escrever, tinha um certo poder por esse motivo. “Uma coisa é coisa acontecida. Outra é coisa escrita. O escritor melhora o acontecido.” Esta fala de Biá evidencia a importância do seu papel quando passa a ser o escritor oficial do dossiê científico que salvaria Javé;

- A leitura e sua função social, alfabetização e letramento;

- As narrativas dos “Narradores” conforme o ponto de vista de cada um;

- A variedade linguística do Português apresentada através do jeito/modo de falar das personagens, expressões utilizadas e os vários dialetos. As expressões tipicamente nordestinas;

- O progresso que chega na região através da hidrelétrica, mas a pequena comunidade fica debaixo d’água e “o povo destruído”;

- A diversidade de gêneros textuais, oral e escrito: carta, bilhete, piada, lenda, placa do governo, música, hinos, ladainhas, provérbios, fotografia e outros;

- Outros aspectos que envolvem a interdisciplinaridade e/ou a intertextualidade: a questão da transposição do rio São Francisco, cidadania, ética, credibilidade de Biá, a água no mundo e questão ambiental, comunidade negra e cultura africana, tipos e gêneros textuais, Moisés salva seu povo na travessia do Mar Vermelho, preconceito com a idosa...

Além de tudo isso, foi comentado a qualidade do trabalho dos atores, como as personagens de José Dummont ( Antônio Biá- carteiro da agência de correios), Nelson Xavier que inicia a história com a frase...”eu mesmo, que não sou das letras vou contar um causo e acho que vocês não vão querer ouvir” e então todos puderam mergulhar no tempo, o atual, o passado e o lendário. Os próprios figurantes que são habitantes de “Javé” e atores do filme, desempenharam muito bem seus papéis. Javé na verdade é uma cidade muito pequena chamada Gameleira do Estado da Bahia, próxima a Lapa, na região nordeste.

O título também chamou a atenção dos professores, “narradores” no plural, que permite a realização de inferências sobre histórias que serão contadas. Os sinais de pontuação como a vírgula que posteriormente se transforma em dois pontos, em seguida em ponto final e reticências informam, dão pistas, sobre o que acontecerá.

Para finalizar, foi sugerido que os educadores planejassem a “sessão cinema” usando “Narradores de Javé” em sala de aula, vinculando esse uso ao “Projeto Final Cartas”, elaborado coletivamente pela turma.



(foto)
Professores cursistas e formadoras: Elaine Beatriz, Fátima e Neiva


(foto)

Rute Pereira
Coordenadora da Casa do Professor e Ivanete Carvalhho Diretora de Educação da URE – Unidade Regional de Educação de Açailândia – MA, convidadas para comentarem o filme Narradores de Javé.